sábado, 14 de janeiro de 2012

Homenagem feita pela sacerdotisa Beth Guimel

Levando o barco de minha vida, segurando o leme com sabedoria, a Deusa dos caminhos me orienta.
As ondas bravias desvia, abrindo horizontes e banindo males
Deixando-me passar pelos escuros recantos desconhecidos
Oh Nehallenia, desbrava meu destino
Pela noite misteriosa de luas de magia, cheia , clara e formosa
Crescente, minguante, negra e nova
Na imensidão de teu reino de riquezas e glorias
Guerreira, senhora, mãe e conselheira
No pão alimento sagrado traz a prosperidade

Lhe acompanha o cão , olhar de vigia, amigo fiel
Senhora da superficie, senhora das planicies abissais
Abençoa minha alma rebelde e meus sonhos de alegria.
Conduz minha nau iluminada por teu sol glorioso e tuas estrelas noturnas

6 de Janeiro dia dedicado a Nehallenia, deusa nordica dos caminhos.
Para minha neguinha nordica Bela Síol
sua sincera protegida.
Hail Nehallenia! Hail Leme de Drakar
!

terça-feira, 15 de março de 2011

HEIDEVOLK - Nehalennia (Official)

A banda Heidevolk, criou um videoclipe em homenagem a deusa Nehalennia. Nele a deusa aparece como uma jovem ruiva, muito bela.


Site oficial : http://www.heidevolk.com

Nehalennia (Nehalennia) - "A protetora dos Viajantes"

Reverenciada como a protetora dos marinheiros e viajantes do mar, Nehelennia pode ser considerada uma versão mais suave de Hel. Era representada acompanhada por cachorros (símbolos do mundo subterrâneo), segurando um cesto de maçãs (simbolizando a vida e imortalidade) e tendo ao lado a imagem de um barco. Nehelennia era cultuada antigamente em uma ilha perto da Holanda e invocada antes das viagens. Infelizmente, seu culto foi esquecido e muito pouco se sabe a seu respeito, apesar de ser nome ter dado origem a Netherlands, os Países Baixos. Escavações arqueológicas revelaram centenas de menires e altares com inscrições a ela dedicadas, comprovando a permanência de seu culto no litoral do Mar do Norte até os primeiros séculos desta era. Foi encontrado, também na Holanda, um altar intacto, datado do século I A.E.C. e coberto pela areia, com uma estátua de Nehelennia sentada em um trono, segurando uma cesta de maçãs e acompanhada por um cachorro. Nehelennia era invocada pelos marinheiros e todos aqueles que viajavam no mar. Mas ela era também uma Deusa da abundância e da plenitude, conforme comprova a cesta com frutas em seu colo.


Elementos: água, terra.

Animais totêmicos: cachorro, cavalo-marinho, gaivota.

Cores: verde, azul.

Árvores: frutíferas.

Plantas:cereais.

Datas de celebração: 06/01.

Pedras: malaquita, turquesa, água-marinha.

Símbolos: maçã, barco, vegetação, cesto, mar, ilha, círculos de menires (chamados hunnebeds)

Runas:Raidho, Hagalaz, Laguz, Yr, sendo que as três primeiras podem ser usadas em talismãs de proteção para viagens no mar.

Rituais: proteção em viagens marítimas; para atrair abundância e melhorar a produtividade.

Palavra Chave: plenitude.

Fonte: Mistérios Nórdicos de Mirella Faur.

A grafia do nome Nehalennia

Nehallenia ou Nehalennia – as duas grafias são possíveis e acreditam alguns estudiosos das runas, que a grafia com dois N, reforça o sentido da runa Nauthiz que significa necessidade de aprendizado com dor, obstáculos, etc, preferindo a grafia com dois L, reforçando o sentido da runa Laguz que significa água, fluidez, feminilidade.

Creio que este entendimento faz muito sentido para os que estudam runas o que ainda não é o meu caso. Embora aparentemente negativo o sentido da runa Nauthiz, continuo a grafar Nehalennia com dois N, por confiar na sua proteção e na força que terei para superar os obstáculos e aprender com a dor amenizada pela Deusa que honro.

Não acredito que alguma divindade nos impeça de sofrer. Acredito que elas nos fortalecem e nos protegem durante as tempestades para que possamos superar as dificuldades e tirar delas, grandes lições. Por isso, mantenho a grafia Nehalennia. Em todas as fontes de pesquisa a grafia é sempre com dois N.

Relação com outras deusas

Compartilho do pensamento que todas as deusas são uma só e todos os deuses são um só. Por outro lado, cada povo criou o seu panteão, fracionando o poder supremo em faces diversas que pudessem dar ao homem a compreensão da divindade em sentidos mais profundos.

As dualidades (bem e mal, paz e guerra, vida e morte, bem e mal e ainda tantas outras) sempre foram um grande mistério para a humanidade. De forma prática os homens da antiguidade construíram sua sabedoria em torno da aceitação da dualidade como equilíbrio do mundo onde vivemos, em vez de negar uma face para que outra sobressaísse. Assim, evocaram divindades da vida, da morte, da paz, da guerra, da prosperidade, dos infortúnios, do frio, do calor, e inúmeras outras.

Toda divindade evocada possui egrégora, energia própria e por esta razão não sou adepta de sincretismos como por exemplo: ‘Ártemis é a Diana grega’. Não compartilho deste entendimento, porque gregos e romanos são povos diferentes que pensam e sentem as suas divindades de formas também diferentes. Embora Diana e Ártemis sejam ambas donzelas dos bosques, caçadoras, cada uma foi cultuada por um determinado povo com seus costumes, criando assim uma egrégora própria.

Assim, devemos buscar entender os elementos que cercam a divindade e a cultura onde a mesma foi venerada inicialmente, para recriar um culto para as mesmas.

É certo que morando no Brasil, prestar culto à Nehalennia não é fácil, ainda mais, sem qualquer proximidade com a cultura dos povos nórdicos, escandinavos, vikings ou outros. Mas evocando Nehalennia pelo seu nome e acreditando que é única, e não a Yemanjá nórdica, estarei atraindo a egrégora de Nehalennia para que esta se mostre a mim e vá me guiando neste caminho de descoberta e reconstrução do seu culto.

Apenas para conhecimento, faço algumas conexões de Nehalennia com outras divindades que possuem alguns aspectos próximos ou símbolos idênticos.

Idunna – Deusa nórdica protetora das maçãs sagradas que alimentam os deuses nórdicos e lhes dotam com os dons da eterna juventude. A maçã, fruta retratada em várias culturas, ganha mais um significado na cultura nórdica, sendo alimento divino e fonte de juventude, quando em outras culturas simboliza o conhecimento, a sabedoria e até mesmo a luxúria. Nehalennia também carrega um cesto com essas frutas.

Fortuna - A deusa romana da sorte (boa ou má) portadora de uma cornucópia de moedas e muitas vezes representada com um leme, mesmo símbolo de Nehalennia. Muitos crêem que são deusas similares.

Hécate – Deusa grega dos caminhos, a que atua nas escolhas difíceis e guia os devotos. Esta função se assemelha a uma das funções de Nehalennia.

Yemanjá – O velho hábito de tentar se explicar o inexplicável, faz com que muitas vezes as pessoas entendam Nehalennia como a “Yemanjá nórdica”, pelo simples fato de Nehalennia ser para os povos dos países baixos a deusa do mar.

Morrighan - Curiosamente, ainda não notei semelhanças mas ambas em acompanham e me guiam e sempre acontecem coincidências como: 06 de janeiro ser o dia de celebração de ambas, o livro A Sacerdotisa de Avalon falar de Nehalennia mas ter uma passagem forte de evocação de Morrighan para amedrontar e vencer os inimigos de guerra, etc.

Ellen dos Caminhos – Esta deusa, ainda que com alguma relutância, me parece ser a mais similar a Nehalennia, pois possui diversos aspectos desta e possivelmente só possua o nome regional diferenciando. Ellen seria o nome celta e Nehalennia o nome nórdico para a mesma divindade.

Hell – Deusa nórdica do submundo a quem Nehalennia é comparada como sendo uma versão mais suave.

Muitas outras deusas podem ter alguma similaridade. Vale a pena pesquisar!